A formação ao silêncio na liturgia:

uma reflexão sobre o n. 52 de Desiderio desideravi

Autores

  • Wellington José de Castro

DOI:

https://doi.org/10.46525/ret.v38i1.1772

Resumo

O tema abordado pelo Papa Francisco em sua Carta apostólica Desiderio desideravi foi a necessidade de sermos formados para a liturgia e pela liturgia, considerada a fonte e o ápice da vida cristã. De modo particular, trata em um parágrafo sobre a formação ao silêncio orante e litúrgico, que não é uma pausa ou ausência de palavras, mas parte necessária da ação litúrgica, porque move o fiel ao arrependimento e ao desejo de conversão, suscita a escuta da Palavra de Deus e nos prepara à oração, dispondo-nos também à adoração do Corpo e do Sangue de Cristo. Deste modo, o Pontífice leva-nos a refletir sobre a urgência da redescoberta do silêncio como símbolo da presença e da ação do Espírito Santo na celebração litúrgica, em particular daquela eucarística. Este artigo tem o objetivo de refletir justamente sobre esta temática, tendo como base o referido parágrafo (n. 52), as indicações do Missal Romano acerca dos momentos em que o silêncio litúrgico é previsto (não tanto como gesto, mas como símbolo) e alguns textos de Romano Guardini, teólogo citado pelo Papa em seu texto, considerado o “filósofo do silêncio”, bem como outros documentos magisteriais e de outros tipos, que apresentam de modo claro a necessidade (às vezes obrigatoriedade) do silêncio sagrado na liturgia.

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Biografia do Autor

Wellington José de Castro

Doutorando em Teologia Litúrgica (Pontifícia Universidade da Santa Cruz, Roma). Mestre em Teologia Litúrgica (Pontifícia Universidade da Santa Cruz, Roma, 2020). Bacharel em Teologia (Pontifícia Universidade da Santa Cruz, Roma, 2015).

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Publicado

2023-05-19

Como Citar

José de Castro, W. . (2023). A formação ao silêncio na liturgia: : uma reflexão sobre o n. 52 de Desiderio desideravi. Revista Encontros Teológicos, 38(1), 45–64. https://doi.org/10.46525/ret.v38i1.1772

Edição

Seção

Artigos Principais (Dossiê)