60 ANOS DA ECCLESIAM SUAM
a contribuição de Paulo VI para o diálogo como itinerário eclesiológico
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v40i1.1884Resumo
A encíclica Ecclesiam Suam, publicada em 1964 por Paulo VI, é um marco eclesiológico que destaca a importância do diálogo da Igreja com o mundo. Este texto explora os princípios do diálogo lançados na encíclica, contextualizando-os com elementos biográficos de Paulo VI que evidenciam seu apreço pelo diálogo e pela aproximação com o mundo moderno. A encíclica, lançada durante o Concílio Vaticano II, influenciou significativamente as discussões conciliares, especialmente na Constituição Dogmática Lumen Gentium e na Constituição Pastoral Gaudium et Spes. Paulo VI defende que a Igreja deve dialogar com a humanidade, crentes em Deus e cristãos de outras denominações, fundamentando o diálogo na teologia das relações humanas, inspirado pela iniciativa divina de comunicar-se com a humanidade. O Papa Francisco continua esse legado, promovendo a cultura do encontro e a sinodalidade como pilares de seu pontificado. Seus documentos magisteriais, como Evangelii Gaudium e a Laudato Si', reforçam a importância do diálogo para enfrentar os desafios contemporâneos. Este artigo destaca a relevância contínua do diálogo para a missão da Igreja, apontando tanto os avanços quanto as resistências internas enfrentadas. Conclui-se que o diálogo, como elemento constitutivo das relações humanas, permanece vital para uma Igreja que busca ser relevante e viva na sociedade contemporânea.