LUMEN GENTIUM
“Igreja, que dizes de ti mesma?” (Paulo VI)
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v40i1.1953Resumo
A Constituição dogmática Lumen Gentium ocupa um lugar privilegiado no conjunto da obra do Vaticano II. Preparada no interior dos movimentos de renovação (séculos XIX e XX), seu percurso estende-se da fase preparatória (1960) à terceira sessão (1964) do Concílio. O conhecimento do seu complexo itinerário é fundamental para interpretação e recepção. Organizada em oito capítulos – o mistério da Igreja, o povo de Deus, a constituição hierárquica da Igreja, os leigos, a vocação universal à santidade, os religiosos, a índole escatológica da Igreja, Maria no mistério da Igreja – a partir de uma teologia cristocêntrica e trinitária, a Lumen Gentium apresenta a origem, a identidade e a destinação da Igreja na sua relação com o Deus uni-trino: vem da Trindade (do amor que liga o Pai e o Filho no Espírito Santo), é imagem da Trindade (sua expansão na história) e tende à Trindade (a plenitude escatológica do Reino de Deus). Seis décadas depois do Concílio, continua a ser uma referência indispensável para a vida e a missão da Igreja.