DA ECLESIOLOGIA MARIANA DO VATICANO II À “IGREJA EM SAÍDA” DE FRANCISCO
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v40i1.1954Resumo
O presente artigo analisa a eclesiologia mariana do documento Lumen Gentium, capítulo VIII, intitulado A Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no Mistério de Cristo e da Igreja, abordando sua evolução desde o Concílio Ecumênico do Vaticano II (1962-1965) até a concepção da “Igreja em saída” proposta pelo Papa Francisco. A hipótese é que a Mariologia do Concílio Vaticano II contribui significativamente para a compreensão da Igreja como modelo a ser seguido, especialmente no contexto de sua missão pastoral. O objetivo do estudo é examinar como a figura de Maria se insere na eclesiologia conciliar e como se conecta com a visão pastoral do Papa Francisco, que enfatiza uma Igreja voltada para as periferias e dedicada à evangelização. A metodologia utilizada baseia-se na análise do capítulo VIII da Constituição Lumen Gentium, complementada pela revisão das declarações papais contemporâneos, com foco na visão de Francisco sobre a Igreja como uma mãe em missão. Tanto o Concílio Vaticano II quanto o Papa Francisco propõem uma Mariologia integrada à eclesiologia, destacando Maria como modelo de vida cristã e compromisso com os mais necessitados, além de ressaltar a missão da Igreja de acolher e evangelizar, especialmente os marginalizados, em um processo de transformação e renovação.