Separação entre o Povo Eleito e o Estado de Israel
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v25i2.265Resumo
Resumo: O relato da separação entre o Povo Eleito e o Estado de Israel consta
nos livros da Bíblia, que narram, de primeira mão, os acontecimentos históricos e
citam a Deus como testemunha de quem os causou. Os líderes de Israel instituíram
uma liturgia em memória da catástrofe nacional, para reparação da culpa pelas
transgressões, e para reconciliação dos remanescentes com Deus, valendo-se da
nova Aliança apregoada pelo profeta Jeremias, e instituída por Deus com os sobreviventes
do Povo Eleito. A insigne tarefa que lhes foi incumbida era a de constituírem
uma comunidade de fé, que fosse emancipada do Estado teocrático de Israel, sem
o respaldo de qualquer instituição estatal. Era o paradigma da religião revelada, a
ser implantada entre todos os povos para a salvação da humanidade.
Abstract: The separation between the Chosen People and the State of Israel is
narrated in the account of the destruction of Jerusalem and the deportation of its
citizens, extant in the Bible, which attributes the cause to external aggression with
no connection with a political or social turmoil from within the nation. The leaders
of Israel instituted a memorial liturgy to be held in memory of the national disaster,
in order to make reparation of the transgressions and to reconcile with God all the
inhabitants, by means of the new Covenant sealed by the prophet Jeremiah and
ratified by God on behalf of the survivors of the Chosen People. The immense
task imposed on them was to establish a faith community framed in a new social
and political setting, free from the framework of the theocratic State of Israel and
emancipated from the tutelage of any kind of Jewish national institution so that the
biblical religion to be implanted from now on was to be presented to all peoples
and nations as the only paradigm for the salvation of humankind.