PANORAMA DE RESÍDUOS SÓLIDOS NA AMUREL - desafios e perspectivas

Resumo

A insustentabilidade crescente advinda do modelo de consumo da sociedade moderna, caracterizado por um consumismo desenfreado, uma cultura de descarte e uma degradação ambiental que cresce a cada dia, levou o Papa Francisco a escrever e publicar a Carta Encíclica louvado Seja (2015), onde chama a atenção da população mundial e de cada pessoa em particular, para o cuidado que todos devemos ter com a nossa Casa – o Planeta Terra. Este documento lança desafios que envolvem as questões ambientais e entre as quais destacam-se pontos relativos aos resíduos sólidos. A questão
dos resíduos sólidos está presente na realidade brasileira, como um dos componentes do saneamento básico, cujos indicadores estão a requerer uma gestão e gerenciamento eficiente, eficaz e que garanta a
efetividade das ações. Após vinte e um anos de discussões, foi aprovada em 2010 a política nacional de resíduos sólidos (Lei n.12.305) que destaca a importância do planejamento das ações, a inclusão social dos catadores e catadoras, a educação ambiental como base para a conscientização e mudança de comportamento, a responsabilidade compartilhada, entre poder público, setor privado e sociedade civil, bem como a sustentabilidade econômico-financeira. Neste artigo buscamos trazer alguns indicadores da situação nacional, da região sul, de Santa Catarina e da região de Laguna (cujos municípios pertencem a Associação dos Municípios da AMUREL), destacando seus desafios e perspectivas, para que se possa melhor compreender a nossa realidade e, a partir daí, tomarmos consciência de que precisamos
mudar nossos hábitos e nossas atitudes acerca dos resíduos que geramos, para que possamos trilharos caminhos descritos pelo Sumo Pontífice em busca de uma Cidadania Ecológica.