Família e complexidade social
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v30i2.45Resumo
A família, sociedade natural, é a primeira forma de sociabilidade humana. É
o espaço primordial no qual as pessoas são acolhidas, providas de suas necessidades primárias, instruídas e integradas no convívio social. A vida em família é uma vida em comunidade: por isso, é o local privilegiado em que se fundamentam os primeiros conceitos de uma moral compartilhada. A pluralidade da vida em sociedade e dos múltiplos grupos sociais que dela participam nos faz perceber os desafios morais suscitados na
vida familiar. Como exemplo, a emancipação e a ampliação do conceito de família, o desenvolvimento econômico e o processo de industrialização, bem como, o desafio da educação e inculturação da vida social. As relações sociais dentro da família e entre esta e o ambiente externo, muitas vezes são
passíveis de conflitos, instigados por uma lógica de contra-valores que afetam a harmonia da relação familiar. O consumismo, o individualismo e a falta de diálogo entre os membros da unidade familiar, prejudicam a transmissão dos valores culturais, éticos, sociais, espirituais e religiosos, essenciais para o desenvolvimento e bem – estar dos próprios membros da sociedade. A família e a complexidade social é um binômio que nos provoca a discutir os
valores essenciais para a manutenção da vida, a organização político-social e a convivência humana de forma harmônica, valorativa e pacífica na vida em sociedade.