O Sacerdócio do Reino Messiânico (Sl 110)
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v24i2.307Resumen
Resumo: A promessa de Deus de tornar-se presente a nós implicava, no AT, a
retificação da Aliança sagrada na liturgia, assegurando sua intervenção na História
da Salvação em favor do seu povo. Para ser real e eficaz, era preciso, porém, que
a ação divina fosse confirmada na comunidade de fé por seus representantes, que
irradiassem sua eficácia para todo o Povo Eleito, através de sua atuação civil e
religiosa não só por ocasião de sua instituição solene, mas durante todo o tempo
enquanto estiverem exercendo o cargo. Era da competência do rei canalizar as
bênçãos divinas para as repartições administrativas bem como para os setores
da política, da economia e da segurança interna e externa da nação. Sem a ajuda
divina não haveria garantia para sobrevivência do povo de Israel em meio à política
expansionista dos impérios do antigo Oriente Médio. Por outro lado, não bastava
a independência territorial do reino de Israel, para a continuidade na história, pois
era necessário, sobretudo familiarizar-se com o conteúdo da revelação divina
transmitida ao povo de Israel e celebrar a liturgia para cultivar a vivência da fé
mediante uma religião “viva”, cuja fonte de irradiação era o sacrifício de ratificação
da Aliança sagrada, oferecido pelo sacerdócio instituído por Deus.
Abstract: The assurance of God’s presence needs to be confirmed in the liturgy
with the rites required both for the enthronement of the king and the appointment
of the chief priest in the formal conferring of office. One of the prerequisites was
the rite of the institution of the sacred Covenant performed at the occasion so
that the divine benefits would extend not only to the subjects involved but also to
the Chosen People. It was a common belief that the king should canalize God’s
blessing to the areas outside the religious sphere: the administration of the affairs
of the state and its defense against aggressions from within and outside. In fact
it was a truism at that time that no small nation would otherwise have a chance
to survive and would be able to guarantee its independence in the face of the
political expansion of the great empires of the ancient Middle East: Assyrian,
Babylonian, Egyptian, and Persian. Moreover, in addition to preserving political
independence, it was essential that any nation should preserve its identity and
national unity when its heritage from the past was irreplaceable and should be
cherished and handed down to future generations. It was a sacred duty entrusted
to all citizens to embrace the sacred Covenant established between God and
made effective in the celebration of the liturgy presided by the chief priest.