Primazia da amizade social sobre a amizade de mercado
DOI :
https://doi.org/10.46525/ret.v38i3.1828Résumé
A fraternidade e amizade social são tratadas neste artigo no campo da teologia pastoral, em diálogo com outros saberes, com o objetivo de aprofundar a sociedade fratricida e a inimizade social contemporâneas e, ao mesmo tempo, articuladamente, defender a primazia da amizade social sobre a pretendida amizade da economia de mercado, caracterizada por relações mediadas pelo dinheiro, lucro e interesses corporativistas de operadores do poder, como uma perspectiva de retomada das saudáveis relações interpessoais, comunitárias e sociais, como elemento indispensável à reumanização ou à construção de um novo humanismo, como propõe o Papa Francisco. São abordadas realidades como as desigualdades (principal definidor do injusto e perverso desarranjo mundial), o ódio, o fundamentalismo religioso como matriz do conservadorismo e do reacionarismo, a inspiração em Nazaré como condição de possibilidade para a fraternidade, o reconhecimento do outro, a destinação universal dos bens. Por último, uma declaração de que fraternidade (real) e amizade social são possíveis.