A Igreja na Região do Grande Oeste até a criação das Dioceses de Palmas e Chapecó
DOI:
https://doi.org/10.46525/ret.v22i3.345Resumo
Resumo: Neste artigo desenvolvemos os caminhos históricos, políticos e religiosos da assim
chamada Região do Grande Oeste, que inclui o atual Oeste Catarinense e o Sudoeste do Paraná
no período entre 1838 e 1958. O texto divide-se em duas partes. Na primeira descrevem-se
alguns aspectos sócio-econômico-político-demográficos do “descobrimento” e desenvolvimento
deste Oeste: a quem pertenciam estas terras, a chegada do branco em sucessivas frentes, com
destaque principalmente para a hegemonia da frente agrícola de migração ítalo-germânica. Na
segunda, trata-se dos aspectos histórico-religiosos da região, a partir da criação da Paróquia de
Palmas e da chegada dos Franciscanos. São apresentados sucintamente três momentos desta
história eclesiástica protagonizada pela chegada do branco: primeiramente, houve um predomínio
do catolicismo caboclo; seguiu-se depois uma convivência tolerada entre o catolicismo caboclo e
o catolicismo romanizado; para, finalmente acontecer a romanização da região realizada pelas
congregações estrangeiras em parceria com o modo capitalista de produção. Daí a conseqüente
marginalização, também religiosa, das culturas cabocla e aborígine.
Abstract: In this paper we show the historical, political and religious trends of the so called region
of the Great West, which includes the present West of Santa Catarina and the South-West of
Paraná in the period between 1838 and 1958. The paper is developed in two parts. In the first,
we describe some social-economic-political-demographic aspects of the “discovery” and development
of this West: to whom belonged these lands, the arrival of the white in successive fronts,
emphasizing especially the agricultural front of the italo-germanic immigration.. In the second
part, we deal with the historical-religious aspects of the region, starting from the creation of the
Parish of Palmas and the arrival of the Franciscans. We present briefly three moments of this
ecclesiastical history protagonized by the arrival of the white: first, there was the predominance of
the “caboclo” catholicism; then followed a tolerated association between the “caboclo” catholicism
and the romanized one; finally, was accomplished the romanization of the region by the work of
the foreign congregations in partnership with the capitalist mode of production. Consequently,
the resulted marginalization, also religious, of the “caboclo” and aboriginal cultures.