Lumen Gentium: a transição necessária

Autores

  • Antônio José de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.46525/ret.v19i3.445

Resumo

O Documento conciliar Lumen Gentium é compreendido no horizonte
das transformações ocorridas na Igreja, sobretudo na segunda metade
do século XIX e a primeira metade do século XX. Foram essas
transformações que possibilitaram a realização do Concílio Vaticano II
como um concílio de “transição” nos modos de se compreender e de
ser Igreja. Os movimentos de reforma – Bíblico, Patrístico, Litúrgico,
Ecumênico, Catequético, entre outros, fermentaram a reflexão
eclesiológica, contribuindo para o surgimento de uma “inesperada
primavera”. Nesse contexto, a constituição dogmática sobre a Igreja,
promulgada no dia 21 de novembro de 1964, aparece como uma
“transição necessária”: de uma linguagem conceitual e jurídica a uma
linguagem imagética; de uma Igreja voltada para si a uma Igreja voltada
para Cristo; de uma Igreja “cristomonista” a uma Igreja “trinitária”; de
uma Igreja “societas” a uma Igreja mistério; de uma Igreja hierárquica a
uma Igreja Povo De Deus... A Igreja da Lumen Gentium é uma Igreja a
caminho, peregrina na história, que não tema a transitoriedade como
condição para atingir a meta definitiva: o Reino De Deus.

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Publicado

21-11-2016

Como Citar

de Almeida, A. J. (2016). Lumen Gentium: a transição necessária. Revista Encontros Teológicos, 19(3). https://doi.org/10.46525/ret.v19i3.445