A fraternidade e as políticas públicas

Auteurs-es

  • Maria Teresinha De Resenes Marcon

DOI :

https://doi.org/10.46525/ret.v33i3.889

Résumé

Este artigo trabalha o conceito de fraternidade sob o prisma de uma
categoria política, que tornou-se universal e efetivou os princípios da igualdade
e liberdade. Este princípio trinitário nasceu dos ideais presentes na Revolução
Francesa de 1789, foi assumida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos
em 1948, e pela Doutrina Social da Igreja, especialmente pela Encíclica Caritas
in Veritate de Bento XVI de 2009 e pela Constituição Federal do Brasil de 1988.
Apresentam-se os elementos que caracterizam a fraternidade enquanto categoria
política: universalidade, mundialização, alteridade, diversidade e democracia
participativa. Vinculando o conceito de fraternidade na visão “(cosmo)política”
trabalha-se o conceito de política e de políticas públicas; os responsáveis pela
construção das políticas públicas e as etapas de sua construção (ciclo das
políticas públicas). Os mecanismos de gestão e de controle social – espaço de
interlocução/articulação entre o poder público e a sociedade civil – contribuem
para a construção de uma sociedade mais fraterna, mais justa e solidária. Os
procedimentos que nos permitiram construir este trabalho estão embasados na
pesquisa bibliográfica.
Palavras-chave: Política. Políticas Públicas. Fraternidade. Solidariedade.
Democracia Participativa.
Abstract: This article deals with the concept of fraternity from the perspective of
a political category, became universal and its existence effective the principles
of equality and freedom. This trinitarian principle was born of the ideals present
in the French Revolution of 1789, was assumed by the Universal Declaration
of Human Rights in 1948 and by the Social Doctrine of the Church, especially
by the Encyclical Caritas in Veritate of Benedict XVI of 2009 and by the Federal
Constitution of Brazil of 1988. The elements that characterize fraternity as a
political category are presented: universality, counter-hegemonic globalization,
alterity, diversity and participatory democracy. Linking the concept of fraternity in
the “(cosmo) political” vision works the concept of politcs and public policies; the
actors for the construction of public policies and the stages of their construction 

(public policies cycle). The mechanisms of management and social control –

space for dialogue / articulation between the public power and civil society – con-
tribute to the construction of a fraternal society, more just and in solidarity. The

procedures that allowed us to build this work are based on bibliographic research.


Keywords: Politcs. Public Policies. Fraternity. Solidarity. Participative Democracy.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Maria Teresinha De Resenes Marcon

Doutora em Geografia (Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2009).
Mestre em Geografia (Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000).
Graduada em Geografia (Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
1976). Coordenadora de Iniciação Científica e Pesquisa da FACASC.

Références

AQUINI, M. Fraternidade e Direitos Humanos. In: BAGGIO, Antonio

Maria (Org.). O princípio esquecido: a fraternidade na reflexão atual da

ciência política. Tradução Durval Cordas et al. Vargem Grande Paulista:

Cidade Nova, 2009.

ARAÚJO, Luísa; RODRIGUES, Maria de Lourdes. Modelos de análise

das políticas públicas. Sociologia, Problemas e Práticas. Lisboa, n. 83,

p. 11-35, 2017.

AZEVEDO, Sergio de. Políticas Públicas: discutindo modelos e alguns

problemas de implementação. Disponível em:

reira.files.wordpress.com/2014/02/azevedo-sergio-discutindo-modelos-

-e-alguns-problemas-de-implantac3a7c3a3o1.pdf.> Acesso em: 25 set.

AVRITZER, Leonardo. Sociedade civil e participação no Brasil demo-

crático. In: (Org). Experiências nacionais de participação social. São

Paulo: Cortez, 2009. p. 27-54.

BAGGIO, Antonio Maria (Org.). O princípio esquecido: fraternidade

na reflexão atual da ciência política. Trad. Durval Cordas et al. Vargem

Grande Paulista: Cidade Nova, 2009.

BENTO XVI. Caritas in Veritate, 2009. Disponível em:

w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/encyclicals/documents/hf_ben-

-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate.html>. Acesso em: 15 set. 2018.

BOFF. Leonardo. O lugar do pobre. Petrópolis: Vozes, 1984.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Brasília: Senado Federal, 1989. Disponível em: <http://www.planalto.

gov.br/ccivil_03/Constituição/ConstituiçãoCompilado.htm>. Acesso

em: 10 ago. 2018.

CARVALHO, Maria do Carmo Brant de. Gestão social: alguns aponta-

mentos para o debate. In: Gestão Social: uma questão em debate. São

Paulo: EDUC; IEE, 1999.

CORDIOLI, Sergio. Enfoque participativo: um processo de mudança.

Porto Alegre: Genesis, 2001.

COSTA, António Filipe Rodrigues. A fraternidade. Análise filosófico-

-teológico e pedagógico-didática da Unidade Letiva 5 do Programa de

Educação Moral e Religiosa Católica do 5o ano de escolaridade. 2012,

f. Dissertação (Mestrado em Ciências Religiosas). Universidade

Católica Portuguesa. Faculdade de Teologia. Instituto Universitário de

Ciências. Porto. Portugal.

CNBB. Campanha da Fraternidade de 2019. Disponível em:

a12.com/redacaoa12/assembleia-geral-cnbb/campanha-da-fraternida-

de-2019>. Acesso em: 20 jul. 2018.

DICIONÁRIO ON LINE DE PORTUGUÊS. Disponível em:

www.dicio.com.br/politica/>. Acesso em: 10 set. 2018.

DICIONÁRIO DE POLÍTICAS PÚBLICAS. São Paulo: Fundap, 2013.

DIEGUES, Geraldo César. O controle social e participação nas políticas

públicas: o caso dos conselhos gestores municipais. Revista NAU Social,

v. 4, n. 6, p. 82-93, maio/out. 2013. Disponível em:

periodicos.adm.ufba.br/index.php/rs/article/view/284/247>. Acesso em:

ago. 2018.

IPEA. Perfil dos Conselhos Nacionais. Brasília: IPEA, 2013.

LAZZARIN, Sonilde K. O princípio da fraternidade na Constituição

Federal Brasileira de 1988. Direito & Justiça, v. 41, n. 1, p. 97-99, jan-

-jun.2015.

LAISNER, Regina Cláudia; DE MARIO, Camila Gonçalves. Os desafios

da avaliação de políticas públicas como instrumento estratégico de gestão

e de controle social. Revista de Políticas Públicas. São Luís, v. 18, n. 2.

p. 619-630, jul./dez. 2014.

MACHADO, Carlos Augusto Alcântara. A fraternidade como categoria

constitucional. In: SOUZA, Carlos Aurélio Mota; CAVALCANTI, Thais

Novaes (Coord.) Princípios humanistas constitucionais: reflexões sobre

o humanismo do século XXI. São Paulo: Letras Jurídicas, 2010.

MARDONES, Rodrigo. Por uma exatidão conceitual da fraternidade

política. In: LOPES, Paulo Munir (Org.). A fraternidade em debate:

percurso de estudos na América Latina. Vargem Grande Paulista (SP):

Cidade Nova, 2012.

MEDEIROS, Juliana. Controle Social: A importância de Conselhos dos

Direitos na formulação e controle das políticas públicas. 2018. Disponível

em: <https://www.blog.gesuas.com.br/controle-social-a-importancia-

-dos-conselhos-de-direitos/>. Acesso em: 20 set. 2108.

OLIVEIRA, Dalila Andrade. Das políticas de governo às politicas de

estado: reflexões sobre a atual agenda educacional brasileira. Educ. Soc.,

Campinas, v. 32, n. 115, p. 323-337, abr.-jun. 2011.

PIANA, M. C. A construção do perfil do assistente social no cenário

educacional [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura

Acadêmica, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/vwc8g/pdf/

piana-9788579830389-02.pdf> Acesso em: 10 nov. 2018

PERUZZOTTI, Enrique. Accountibility. In: AVRITZER, Leonardo et

al (Org.). Corrupção: ensaios e críticas. Belo Horizonte: UFMG, 2008.

PINHO, Carlos T. Assumpção. O desafio da informação para formula-

ção, monitoramento e avaliação de políticas públicas. VIII Semana de

Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas.

Oficina 12. Brasília: ESAF, mar. 2011.

RAEDER, Sávio. Ciclos de políticas: uma abordagem integradora dos

modelos para análise de políticas públicas. Perspectivas em Políticas

Públicas. Belo Horizonte. V. VII, n. 13, p. 121-146, jan./jun. 2014.

ROCHA, Arlindo Carvalho. Accountability na Administração Pública:

Modelos Teóricos e Abordagens. Contabilidade, Gestão e Governança.

Brasília, v. 14, n. 2, p. 82-97, maio/ago. 2011.

RODRIGUES, Marta M. Assumpção. Políticas públicas. São Paulo:

Publifolha, 2011.

RUA, Maria das Graças; ROMANINI, Roberto. Curso on line Políticas

Públicas: Para aprender políticas públicas. IGEPP, V. I, 2013. Disponível

em:

cas_publicas_2013.pdf>. Acesso em: 20 set. 2018.

ROPELATO, Daniela. Notas sobre participação e fraternidade. In:

BAGGIO, Antonio Maria (Org.). O princípio esquecido: a fraternidade

na reflexão atual da ciência política. Vargem Grande Paulista: Cidade

Nova, 2009.

SANTOS, M. H.C. Governabilidade, governança e democracia: Criação

da capacidade governativa e relações executivo – legislativo no Brasil

pós-constituinte. Rio de Janeiro, v. 40, n. 3,1997.

SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma

teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 10

ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.

SECCHI, Leonardo. Políticas Públicas: conceitos, esquemas de análise,

casos práticos. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

SEPTIÉN, Jaime. Entrevista com o filósofo Rodrigo Guerra López. Ca-

ritas in Veritate no debate filosófico-social. Querétaro, 2009. Disponível

em< http://duasasas.blogspot.com/2009/07/caritas-in-veritate-no-debate.

html>. Acesso em: 3 out.2018.

SCHMITTER, Philippe C. Reflexões sobre o conceito de “política”.

Revista Direito Público e Ciência Política. Rio de Janeiro, v. VIII, n. 2,

p. 45-60, maio/ago. 1965.

SILVA, Marcelo Soares Pereira da.; TORRES, Ivanna Sant’Ana. Frater-

nidade: uma categoria política na construção da gestão democrática da

e na educação, RBPAE, v. 30, n. 3, 2014.

SILVA, J. D. Viver o Evangelho servindo a pessoa e a sociedade. Ini-

ciação à Doutrina Social da Igreja. Coimbra: Gráfica de Coimbra [s. d.].

SISTEMA FAEP. Manual Básico do Conselheiro. Diretrizes gerais para o

funcionamento dos Conselhos Municipais na perspectiva do controle so-

cial. Disponível em:<http://www.adapar-pr.gov.br?arquivos?File?ATG/

AIC/IESA/Manuais_CSA/2_Manual_do_Conselehiro.pdf>. Acesso em:

agos.2018.

SOUZA, Celina. Políticas Públicas: uma revisão da literatura. Sociolo-

gias. Porto Alegre, ano 8, n. 16, p. 20-45, jul./dez. 2006.

SOTTANI, Natáliza Bazoti Brito et al. Ciclo de políticas públicas como

método de análise de políticas educacionais: uma pesquisa bibliométrica

acerca do tema. ANAIS do CASI. Petrópolis, 30 de novembro e 01 de

dezembro de 2017. Disponível em: https://even3storage.blob.core.

windows.net/anais/61560.pdf>. Acesso em: 17 set. 2018.

VASCONCELOS, Marta Chaves et al. Políticas públicas em saúde,

sistema único de saúde e o papel do legislativo municipal: um estudo

sobre os projetos de lei ordinária na área da saúde da cidade de Curitiba

no período 2008-2011. R. Bras. Planej. Desenv. Curitiba, v. 4, n. 2, p.

-32, jul./dez. 2015.

UNISUL. Oficina de Capacitação em gestão social de políticas públicas.

Módulo II. 2000.

Téléchargements

Publié-e

2018-12-26

Comment citer

De Resenes Marcon, M. T. (2018). A fraternidade e as políticas públicas. Revista Encontros Teológicos, 33(3). https://doi.org/10.46525/ret.v33i3.889

Numéro

Rubrique

Artigos Principais (Dossiê)